terça-feira, 7 de junho de 2011

ENSAIO CRÍTICO

Efectivamente, através da pesquisa realizada e dos documentos adquiridos, foi nos possível perspectivar da melhor maneira a matéria leccionada no módulo II. Sendo assim foi-nos incutido os conceitos de variedade, variabilidade e o relativismo cultural.
No que diz respeito á variedade/diversidade cultural, esta é muito acentuada tendo como factores fulcrais, o espaço, o tempo e os modos de adaptação do homem ao ambiente, sendo estes que definem os valores e interpretações culturais, através dos quais a sociedade se organiza.
Um tópico que se abordou no trabalho foi a grande diversidade de raças ou stocks raciais. Fez-se uma abordagem relativamente às características de cada raça e do seu meio geográfico no documento um. Através da análise deste documento podemos comprovar que a sociedade é heterogénea. 
Quanto á variabilidade cultural, esta salienta-se através da cultura que é estruturada através das relações individuais, das relações de alteridade e das relações com o meio envolvente, podemos verificar esta variabilidade no documento número dois, onde são ilustradas várias culturas diferentes.
            Neste mesmo documento retrata-se ainda o etnocentrismo e o racismo, uma vez que o mesmo documento mostra-nos determinadas raças que se impõem perante outras e que se julgam superiores às demais. Este etnocentrismo pode ser levado ao extremo e chegar à xenofobia.
            Já no documento três faz-se referência aos antropemas e etnemas. Os antropomeas correspondem aos aspectos individuais da cultura, enquanto os etnemas dizem respeito aos aspectos colectivos da cultura, ou seja, são os antropemas interligados entre si.
            No documento quatro abordou-se o casamento ocidental, nomeadamente o casamento Chinês, Japonês e Tailandês, no qual se pode verificar a grande diversidade nas tradições e as vestimentas de cada cultura, tentando estes mantê-las até à actualidade. 
            Uma outra temática importante para a realização deste portfólio foi a família na sociedade contemporânea.  No seguimento desta abordou-se o casamento e o casal, no documento cinco. Neste estão ilustrados os pressupostos iniciais do casamento, bem como a evolução do mesmo ao longo das várias épocas históricas e nas diferentes sociedades. Este também expõe as várias formas de construção das estruturas familiares que já existiam e refere ainda que estas variam de acordo com influências do tempo, meio social e da moral de cada época.
            Tal como foi referido na aula, este documento aponta o Consílio de Trento como sendo um marco muito importante para o contorno dos pressupostos básicos do casamento.
            O documento seis fala da escolha do cônjuge e da regra da homogamia. Segundo o mesmo, a família tem se adaptado às mudanças sociais, pelo que nos dias de hoje não existe um modelo de família dominante, pelo contrário existe uma grande diversidade de modelos familiares que são igualmente válidos. Este documento fala-nos da pré-industrialização na qual a ilegitimidade conjugal era muito acentuada, uma vez que como já foi abordado nas aulas, o casamento era visto como uma aliança familiar e não tinha por base o amor, mas sim factores económicos e familiares.
 Na pós-industrialização, o cenário alterou-se completamente e passou a cultivar-se a homogamia e a livre escolha do cônjuge no seio familiar. Esta mudança foi em grande parte associada á entrada da mulher no mundo do trabalho, ao divórcio, aos métodos contraceptivos, entre outros.
            Posteriormente abordou-se a afectividade e a sexualidade no casal, através do documento sete, o poema “Ternura” de David Mourão Ferreira, pode constatar-se que nos dias que decorrem a relação sexual deve ser vivida com afecto, compreensão e respeito, para que desta forma possa ser fortalecida. Este fenómeno não se verificava anteriormente uma vez que o que prevalecia na escolha do cônjuge não era o amor mas sim as estratégias familiares. O que se pode verificar nos dias de hoje é que o amor é vivido sem casamento, uma vez que, cada vez mais os casais entendem que não é necessário a oficialização de um compromisso, através da igreja ou do civil.
            No documento oito está retratado o subtema o complexo família/trabalho: o trabalho feminino. Este mostra a evolução do papel da mulher ao longo da história. Nos inícios a mulher tinha o papel de cuidadora do lar, na fase pré capitalista continua a ter a mesma função, mas é vista como sendo uma propriedade do homem. Após a industrialização surge como predominante o modelo de família nuclear conjugal, e as mulheres passam a lutar pela igualdade de direitos, mas ainda assim eram vistas como seres inferiores ao sexo masculino. A partir do século XX, o papel da mulher mudou, e esta passa a ter na família as mesmas funções que o homem.
            No documento nove está explicito as relações intergeracionais, nomeadamente dos avós com os netos.
De acordo com este documento, esta relação é benéfica para ambas as partes, uma vez que a troca de experiências vai ser muito importante no processo emotivo-social.
Relativamente ao relacionamento entre pais e filhos e entre avós e netos as diferenças são muito notórias. Por vezes diz-se até que os pais educam e os avós deseducam, uma vez que não são tão autoritários, pois já não é esse o seu papel.
O último subtema abordado foi a família em Portugal, no qual se encontra as peculiaridades estruturais e demográficas da família portuguesa. Este está evidente no documento dez, que retrata a diferença em termos estatísticos entre famílias monoparentais, estas são maioritariamente compostas por mães com filhos, famílias unipessoais que são constituídas por mulheres idosas e famílias reconstruídas. Este documento aborda ainda o tema da homossexualidade, que tem uma perspectiva negativa em Portugal.
Já no documento onze, mostra as principais transformações no interior da família portuguesa, estatisticamente denota-se uma modificação do que é a contracção do matrimónio. Embora em Portugal a taxa de união de facto seja baixa, quando comparado com outros países da União Europeia verifica-se que os casais tendem, cada vez mais a coabitar antes do casamento. Não obstante o casamento pela igreja contínua a ser a tendência, embora a taxa média de idades em que o casal contrai matrimónio tivesse modificado, é mais elevado. Devido ao pé de igualdade que a mulher adquiriu com a entrada no mundo do trabalho e a sua emancipação relativamente ao homem.
Por último retratou-se o subtema da entrada na conjugalidade á ruptura familiar, o qual está retratado nos documentos doze e treze.
No documento doze descreve-se o aumento do divórcio entre 1975 e 2001. Os factores que estão na origem deste aumento são: o aumento da esperança média de vida e a autonomia da mulher. Verifica-se que após o primeiro divórcio as pessoas tendem a voltar a casar-se, bem como os viúvos, por conseguinte pode-se concluir que o número de casamento de homens e mulheres divorciados e viúvos aumentaram.
Relativamente ao documento treze este mostra que o direito ao divórcio para aqueles que casaram pela igreja católica, só foi concedido em 1975. Mostra-nos os dados estatísticos referentes aos anos de 1974 a 1994, no qual se verifica o aumento do divórcio. Este documento mostra também uma comparação entre alguns países da Europa e os EUA, onde se verifica que Portugal se encontra na quarta posição, tendo uma taxa de divórcio inferior aos EUA e alguns países da Europa.
De facto, a realização deste portfólio temático foi de extrema importância para assimilação dos conhecimentos apreendidos do módulo II. E foi uma mais valia para a obtenção de ferramentas que possível serão muito úteis para a nossa futura profissionalização.

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