quarta-feira, 8 de junho de 2011

SÍNTESE INFORMATIVA

Relativamente ao documento 5, este retrata a história do casamento, fala da evolução do conceito de casamento e do concilio de Trento que foi fundamental para a remodelação deste mesmo conceito.
Inicialmente, o casamento é elaborado segundo a óptica de vários filósofos, para os quais o Homem é um ser conjugal, e que tudo se organiza em torno do casal, sendo os dois elementos de grande importância.
O documento aponta o facto de que, nos primórdios, o casamento marcava a transacção da infância para a vida adulta. Posteriormente, segundo Osório, o casamento passa a funcionar como um troca de mulheres, inicialmente esta troca era física e posteriormente passou a ser económica, ou seja através de bens ou dinheiro. Desta forma, e de acordo com Lèvi Strauss surge a aliança entre grupos, como uma função da instituição matrimonial. Assim sendo, a noiva passa a ser considerada mercadoria de compra, e surge então o dote, que é uma indemnização para o noivo, ou para os seus familiares, pela posterior manutenção da noiva.
A partir da idade média, o Estado e a Igreja travaram uma luta, com o objectivo de reivindicar, o direito a decidir as normas do casamento e só a partir da Era contemporânea é que as duas instituições chegaram a um consentimento e ambas intervêm nos dias de hoje na instituição do casamento.
De acordo com este documento o concílio de Trento foi um marco muito importante porque vai “dividir as águas”. A partir deste concílio os noivos passam a ter voz activa, e é necessário o consentimento de ambos para que possam contrair matrimónio, o que antes não acontecia, bastava a realização da cerimónia pelo sacerdote sem que os noivos dissessem o sim. No entanto, o casal tinha delimitação da idade para contrair, o que permitia á família e á igreja uma maior margem de manobra para controlar os noivos.
Nesta altura assistia-se a uma supremacia da Igreja em relação ao Estado, no que diz respeito ao casamento. Por este motivo o Estado quis fazer-se valer e introduz o Código Civil Napoleônico na Europa onde o casamento é definido como sendo um contrato patrimonial que funda a hierarquia dos sexos, ou seja o Homem é superior à Mulher e estas são dependentes das decisões do marido.
E para concluir, este documenta aponta para o facto de que as formas de construção das estruturas familiares foram muitas. E que estas variam de sociedades para sociedades e ainda que sofrem influências do tempo, do meio social e da moral de cada época.
Por todos estes factos retratados, no presente documento, consideremos que o mesmo é de grande importância para o nosso trabalho, uma vez que relata a evolução do conceito de casamento e da interacção do casal dentro do mesmo, desde os primórdios até à época contemporânea.
 Segundo o documento 6, a família tem resistido e tem-se adaptado às mudanças económicas e sociais, e é uma instituição que se encontra em constante formação.
 Hoje em dia, segundo o autor do documento, não se pode falar num modelo dominante de família, pelo contrário, deve interiorizar-se a ideia de que existem diversos modelos familiares e que todos eles são igualmente válidos.
 Antes da industrialização, as famílias das sociedades Europeias eram vistas como unidades de produção, uma vez que estas produziam os bens necessários á sua subsistência. Mesmo as crianças, desde muito cedo eram envolvidas nestas actividades, bem como as mulheres, que para além de estarem responsáveis pelas lides domésticas também tinham que participar nas actividades que garantiam o sustento da família. Nesta altura, os casamentos eram feitos essencialmente com base, essencialmente, nas alianças familiares, e por este motivo a ilegitimidade conjugal era muito elevada, em todas as classes sociais. A família também tinha muito pouca autonomia e liberdade, uma vez que a comunidade participava de todas as decisões familiares.
 Com a industrialização, assiste-se a uma mudança radical, uma vez que o local de trabalho das famílias passa a ser fora de casa e do ambiente familiar. Por conseguinte, pela primeira vez, a família torna-se num espaço privado, os interesses passam a ser individuais e a família passa a estar centrada, no pai, mãe e filhos. Assim sendo a estrutura da família desprende-se do passado e passa a estar relacionada com a atracção sexual, o amor e com o companheirismo. Segundo a mesma ordem de ideias, o que melhor define a estrutura familiar é a livre escolha do cônjuge e a homogamia.
 Por este motivo, alguns autores, dizem que a família perdeu funções, mas em contrapartida outros autores defende que a família não perdeu funções, e que pelo contrário, essas funções foram sendo especializadas, e que ainda hoje o sei da família é o local privilegiado para a socialização das crianças e para a troca de afectos.
 Um outro facto que contribui para a mudança da estrutura familiar, foi o facto da mulher passar a trabalhar fora de casa e passa a ser assalariada, passando desta forma a ser economicamente dependente do marido, deste modo a relação passou a ser mais igualitária e a supremacia do homem em relação à mulher desmoronou-se.
 Outros marcos importantes desta época que reformularam o conceito de família foram o divórcio e s métodos contraceptivos, a adopção, as famílias monoparentais, entra muitos outros.
 Assim sendo, os valores foram modificados, e até a homossexualidade, foi sendo aceite, e nos dias de hoje existem diversas famílias homossexuais.
 Tais factos não querem dizer que a importância da família diminui, aliás existem vários inquéritos que dizem que a harmonia familiar é essencial para a felicidade das pessoas, mas são admitidos novos modelos familiares.
 Contudo, existem autores que defendem que a família, delegou algumas das suas funções no Estado, são exemplo disso a escolaridade obrigatória, as leis do divórcio, entre outras.
 A nosso ver, este documento retrata a evolução que ocorreu e o nível da escolha do cônjuge e da homogamia, pelo que a instituição da família foi sofrendo diversas alterações ao longo do tempo, como é notório no presente documento.
 A partir do ano de 1940, a mulher passou a estar mais incorporada no mundo do trabalho e depois de toda esta difícil luta o homem deixou de ser o chefe da família e a mulher passou a ser considerada um ser tão capaz quanto o homem.
O documento 7, é um poema de David Mourão Ferreira, que ilustra a temática da relação afectivo sexual entre o casal, fala da ternura que deve existir entre parceiros conjugais, pois a relação sexual deve ser vivida da melhor forma, ou seja deve ter por base a afectividade, compreensão e respeito, e se assim for vai fortalecer, a relação, ou mesmo o casamento. Os pares vão ser mais felizes, e fazer mais felizes os que os rodeiam, nomeadamente os restantes membros da família.
 No que diz respeito ao documento 8, este aborda a temática da mulher trabalhadora no seio familiar.
 O autor deste documento, aborda a temática da evolução do papel da mulher ao longo da história e das diferentes sociedades.
 Desde que o ser humano começou a produzir os seus próprios alimentos, nos primórdios, que oram definidos papéis, tanto para o homem como para a mulher. Nestas sociedades mais agrícolas, a mulher tinha o papel de cuidadora do lar e da família, embora esta também participasse nas tarefas agrícolas.
 Numa outra fase, a pré-capitalista, a mulher continua a ter a função de reprodução e cuidadora, e por esta razão, fica subjogada ao poder do homem, e considera-se que esta não pode assegurar a direcção do grupo familiar.
 Este poder patriacal subsistiu mesmo depois do surgimento da sociedade industrial, no entanto as mulheres passam a trabalhar fora de casa, as famílias multigeracionais ou alargadas passam a ser mais escassas, e surge o modelo de família nuclear conjugal, como predominante.
 A partir desta altura as mulheres passaram a lutar pela igualdade de direitos em ralação aos homens, ainda assim as mulheres eram vistas como seres inferiores em relação ao sexo masculino.
 Na sociedade capitalista a mulher era tratada como um objecto que o homem possuía e comandava, até mesmo a nível sexual o corpo da mulher era visto como um pertence do homem e o adultério, praticado por parte da mulher era um crime muito grave.
 A partir do século XX, as mulheres travaram uma luta muito mais organizada, o sentido de reivindicarem os seus direitos, através dos movimentos feministas.
O documento 9 aborda o tema das relações inter-geracionais entre avós e netos e entre pais e filhos.
 De acordo com o autor do documento a relação entra avós e netos traz diversas vantagens para ambos.
 Os avós podem viver a relação com os netos de uma forma mais descomplicada que os pais, uma vez que estes já não têm o dever de os educar. E os netos vão ficar a conhecer melhor as experiências familiares que já decorreram com os seus familiares e desta forma vão crescer emotivo e socialmente.
 A oportunidade de cuidar dos netos é muito para os avós porque, normalmente estas têm mais tempo e vão ter a oportunidade de fazer com os seus netos, o que gostariam de ter feito com os seus filhos mas não tiveram oprotunidade. E por esta razão, é normal que os netos se sintam mais á vontade ao falar com os avós de determinados assuntos, do que com os pais.
 No que diz respeito ao papel dos filhos no convívio entre avós e netos as diferenças de relacionamento entre pais e filhos e entre avós e netos são muito acentuadas.~
 É muito frequente os pais pedirem ajuda aos avós para cuidarem dos netos, e é muito normal, ouvir-se dizer que os pais educam e os avós deseducam, uma vez que não são tão autoritários como os pais, uma vez que sentem que já não é esse o seu papel. No entanto, os avós devem impor limites aos netos quando necessário.
 Uma outra temática abordada neste documento é os avós na, normalmente. Avós e netos partilham experiências, os netos tentam incutir nos mais velhos o gosto pelas novas tecnologias, e deste modo estão a fomentar o envelhecimento activo dos idosos, uma vez que deste modo, através das redes sociais, estes vão socializar mais com os outros e vão estar mais activos, bem como o incentivo a praticar desporto ou outras actividades. Pode desta forma concluir-se que a relação dos avós com o s seus netos é uma mais valia para a sua saúde física e mental.
 Para concluir, achamos que todos estes documentos são importantes para o nosso portfolio uma vez que, nos mesmos é abordado de uma forma simples e compreensível a temática da família na sociedade contemporânea.

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